quinta-feira, 26 de março de 2009

iris

A caminho de casa ia, sonâmbula, a ouvir na rádio os goo goo dolls com a sua iris e a pensar como é possível ter-se como filme de eleição a cidade dos anjos. Tão meloso, tão comoventezinho na sua mensagem, tão estranho na sua abordagem dos sentidos, do pressentimento. O ET tem mais de vinte anos e talvez tenha tido o seu impacto exactamente por isso: volveram-se entretanto duas décadas.
O Nicolas Cage faz lembrar o Bender Bending e como é triste para um robot não ter sentimentos (excepto que no futurama a observação é para ter piada efectivamente). A Meg Ryan, por sua vez, tem a morte cinematográfica mais estranha e violenta de todos os tempos, mas sempre rodeada de uma aura angelical completamente inadequada à realidade; e não me esqueço daquela falha de raccord tremenda quando a actriz se deita com uma camisola e acorda a meio da noite com outra.
Pior é que até gosto da iris dos goo goo dolls. Ou gostava, não fora o caso de associá-la sempre ao estafermo do filme.

2 comentários:

Miss Kin disse...

Ñ é o meu filme de eleição, mas lembro-me de quando o vi pela 1ª vez, chorei que nem uma Maria Madalena... Mesmo com o Nicolas Cage tendo sempre aquela cara de palerma que lhe é tão característica.

Nani disse...

Deixa de associa-la ao "estafermo do filme" e associa-a à tua bonequinha mais velha ;)
bjs amiga