Tinha de reescrever o meu post anterior, no que respeita às mentiras piedosas...
Não serão necessariamente boas. Acho até que quem inventou esta expressão fê-lo para se desculpar de algum comportamento imoral e vergonhoso, e que diz utilizar para não ferir sentimentos de terceiros. Cobardolas!
Mas pronto, as mentiras piedosas a que me refiro como boas, são do género de não contar a um velhinho moribundo que o seu cão e fiel amigo de uma vida teve de ser abatido... Quer dizer, não há necessidade, certo?
2 comentários:
Concordo contigo, detesto gente mentirosa. Contudo sou a favor de certas mentirinhas e não só das piedosas. Digo sempre aos menos crescidos que o Pai Natal existe mesmo. Ou quando um amigo precisa de falar comigo e pede desculpa por me estar a telefonar a altas horas da noite digo-lhe com a voz indisfarçável: "Não faz mal...estava a ver televisão."
Quando li livro "o caminho menos percorrido"... fiquei com uma ideia mais esclarecida acerca disto que são as mentiras piedosas, ou até mesmo a questão da omissão da verdade.
Interessante o livro. E interessante a perspectiva.
Entre mentiras brancas e negras, como as classifica M. Scott Peck, ficaram-me na memória as "regras" a seguir quando se é dedicado à Verdade.
A ver:
"1. Nunca pronunciar falsidades.
2. O acto de omitir a verdade é sempre, potencialmente, uma mentira. Logo, em cada situação em que a verdade é omitida há que tomar uma decisão moral significativa.
3. A decisão de omitir a verdade não dever ser nunca baseada em necessidades pessoais.
4. Ao contrário, a decisão de omitir a verdade deve ser sempre baseada inteiramente nas necessidades da pessoa ou pessoas a quem se omite a verdade.
5. A avaliação das necessidades de outrem é um acto de responsabilidade tão complexo que só pode ser executado sabiamente quando se age com verdadeiro amor pelo outro.
6. O factor principal na avaliação ds necessidades de outrem é a avaliação da capacidade dessa pessoa utilizar a verdade para o seu próprio desenvolvimento humano e espiritual.
7. Ao avaliar a capacidade de outrem de utilizar a verdade para desenvolvimento humano e espiritual pessoal, deve ser tido em conta que a nossa tendência é geralmente de subavaliar mais do que sobreavaliar essa capacidade."
Bem sei que estes pontos se encadeiam todos uns nos outros...
...e que são cada vez mais difíceis e complexos que os anteriores...
Ninguém disse que a Verdade era fácil!!! ;)
"...as compensações da vida difícil de honestidade e dedicação à verdade são mais do que proporcionais às exigências."
O livro é deveras interessante, se quiseres empresto-to.
Gosto de ti, gosto dessa verdade que buscas...
**tua m*
Enviar um comentário