O Alentejo, para mim, eram campos rasos e salpicados de papoilas a perder de vista, sob um céu azul e aberto.
Era cheiro a lareira e a lenha queimada.
Era um mar de estrelas a iluminar noites quentes.
Era bafo quente e sol impiedoso de meio-dia.
Era almofariz com cheiro a sumo de coentro e alho.
Era silêncio ou canto de cigarras e gado preguiçoso e pingos de uma fonte.
Era uma canção de sotaques deliciosos e descobertas em cada rosto e em cada ruga.
Agora descobri que também é centopeias.
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