Quando fui fechar as persianas para ir dormir fiquei presa pelo brilho que a lua cheia propagava. A sua luz imensa inundava o quarto e não resisti a abrir a janela para sentir melhor aquela luz, sim porque a luminosidade de uma lua cheia como a que estava ontem sente-se, arrebata.
Não sei como há quem consiga ficar indiferente à lua. Não tenho grande inclinação para o esoterismo ou para acreditar no poder dos astros, e até me incomoda esta minha fragilidade, que chega a roçar a fraqueza, mas a verdade é que não me apetece fechar os olhos a esta força da Natureza, como se a noite fosse muito mais rica e não pudesse ser desperdiçada com coisas menores, como o sono.
A lua é mágica do meu sétimo andar da mesma forma que é deslumbrante por cima da serra, a iluminar o palácio, ou a banhar os bairros velhos e irregulares da minha Lisboa, imbutida no céu negro. Gosto do campo, onde à lua se juntam triliões de estrelas, daquelas que não vemos por cá. Gosto de noites de praia cheias de lua - adorei as noites de praia que já vivi até hoje - em que podemos mergulhar no seu reflexo ou apenas contemplá-lo...
Caramba! Acho que nunca escrevi nada tão lamechas..
(agora ando com a mania do 'caramba' - por causa da minha vizinha de cima. Faz-me parecer mais adulta!)
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