Poucas coisas me fascinam como a Gastronomia. Alguns dos melhores programas que vejo na televisão, resultam de acasos de zapping que acabam por me prender a meio da frenética preparação de uma delícia culinária. É quase impossível resistir. Acho que a cozinha pode ser simultaneamente terapêutica, divertida e artística. Também pode ser chata ou frustrante, mas para mim é sempre um daqueles desafios hipnotizantes. Tenho pena de quase nunca ter o tempo que gostaria de ter para dedicar à aprendizagem desta arte. É verdade que ainda dispendo tempo a ver a dita televisão, o que me rouba barbaramente uma ou duas horitas diárias importantes, mas continuo a justificar esse entretenimento como distracção necessária (já não deixo, no entanto, que me roube o tempo imprescindível dedicado à leitura portanto creio que estou a evoluir qualquer coisa).
Agora lembrei-me de ervilhas, bem redondinhas, de um verde forte e textura suave e cremosa no interior; com um leve sabor adocicado, a condizer com as cenouras, mas a contrastar com a sua cor quase laranja. Com chouriço, daquele escuro, de carne tenra, atado nos fumeiros alentejanos e pedaços de entrecosto daquele que se solta do osso. E com ovos. Escalfados, claro.
Entretanto vou até ao ginásio, porque se faz tarde, e lá para as nove da noite, com o Fox muito mais contente e aliviado, estarei a comer uma salada grande, feita à pressa, com milho e queijo fresco. Também não é mau e faz tantas vezes as minhas delícias. Nem sei porque me lembrei das ervilhas, eu, a mulher da fava-rica!
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