São boas, as coisas simples.
Não nos pedem nada em troca e acontecem de acasos. São simples por isso mesmo.
Não se planeiam, não se elaboram e sobre elas não se criam expectativas. Sucedem-se com maior ou menor frequência e trazem-nos felicidade.
Idealizo coisas simples, anseio por elas, mas isso destrói-lhes a simplicidade.
Forço-me a não ansiar por elas, mas de vez em quando não resisto e vou espreitar o quadro que trago na minha imaginação.
Esse quadro está sempre a mudar. Às vezes é uma noite quente de passeio e sorrisos cúmplices; outras, um dia grande cheio de luz, gente e gargalhadas. Às vezes é um livro ou um écran de histórias. Outras vezes é um cobertor e chuva numa janela.
Mas forço-me a não ansiar.
Hoje, amanhã, depois... não vou espreitar o quadro.
Não quero saber as coisas que me esperam, desde que elas estejam lá, para me fazer feliz, na sua simplicidade.
1 comentário:
É difícil. Querer e procurar coisas simples faz com que essas mesmas coisas deixem de ser simples.
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