terça-feira, 7 de outubro de 2008

liderança adiada

na ressaca de um empate com sabor a derrota, sentimentos de frustração à parte e profunda agonia dos meus vizinhos que têm vivido cada jogo como se de uma final se tratasse (com direito a aplausos e gritos de encorajamento ao apito inicial), ocorre-me dizer que o mister Quique é um treinador inteligente, humilde e imparcial. são três características que os benfiquistas (no geral) não estão habituados a ver neste clube há muito tempo. e muitos, nomeadamente os que consideram que este empate foi injusto para o clube do coração, nem sequer sabem reconhecê-las. não é caso único admitir no fim do jogo que não se mereceu mais do que o que se teve (basta olharmos para o Paulo Bento nas flash interviews dos últimos jogos) mas este Quique, no meio destes dissabores, faz mais do que isso: incute melhorias já visíveis mas (e ele sabe-o) ainda insuficientes. de estranhar seria que o Benfica que nos habituámos a ver nos últimos anos se transformasse, do dia para a noite, numa equipa invencível. além disso, é importante salientar o grande mérito do Leixões, que nunca virou as costas à bola e jogou sempre para marcar (tenham eles a mesma atitude no dragão, embora certamente lá não consigam reunir a falange de apoio de Matosinhos - quase tão insuportável como a do Nacional da Madeira, mas menos estridente).
está quase tudo dito.
José Mota tem motivos para ser um treinador feliz e confiante na sua equipa.
pequena correcção à sua declaração no final do jogo: apesar da aceitável observação sobre a maior justiça que a vitória da sua equipa traduziria, nunca poderá dizer "fomos sempre a melhor equipa em campo. fomos a que mais tivemos a bola e a que mais fizemos para ganhar...". em bom português, fomos a que mais teve e a que mais fez. assim é que se diz. foi a nódoa no pano imaculado da competência do mister a noite passada.
mas no futebol há incompatibilidades inultrapassáveis.

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