quarta-feira, 29 de abril de 2009

rua sem saída

Sou muito melhor do que esta rua sem saída. Vejo-me uma avenida larga, com espaço para respirar, onde circula gente bonita e também há, a espaços, aquele sossego quebrado por chilreios. Mas sinto-me um beco sujo de lixos que outros vão deixando. Vejo-me com árvores e calçada, passeios largos com arbustros recortados de relvados urbanos, construções antigas, robustas e recuperadas do seu passado arquitectónico, livrarias, muitas. Sou uma fraude da avenida da liberdade. Uma espécie de rua da rosa, ao acordar de uma madrugada povoada.
Estou farta de gente estúpida e do cheiro vomitado que dela se desprende.

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