quarta-feira, 31 de março de 2010

estamos vivas!

Já lá vai um tempinho, é verdade. Mas também é verdade que a minha noção de tempo tem oscilado vertiginosamente, de há tempos para cá. Desde a última vez, já aconteceram algumas coisas dignas de registo e outras nem por isso. A minha imaginação não se tem revelado muito fértil e parece-me até que esta coisa de ser mãe me tem queimado neurónios porque me sinto um bocado tontinha com isto dos horários trocados, da bendita amamentação, dos choros, das fraldas e possivelmente de assistir repetidamente aos mesmos programas que passam nos canais da cabo durante a tarde (eu sei, tenho opções, mas sempre que tento dormir uma sesta ou penso sequer em voltar à 3ª temporada dos Sopranos que deixei suspensa, começa a ouvir-se um choro que só acalma quando todos os meus sentidos se destinam a essa missão: estar lá, de corpo e alma).
Já estamos na Primavera e isso diz tudo, pelo menos a mim. Começa a fazer cada vez mais sentido pensar que o tempo voa, que devemos aproveitar todos os momentos, espremer o suminho até à última gota e todos esses clichés que as pessoas que considerávamos literalmente velhas nos impingiram ao longo da nossa adolescência. Os 48 cm são agora quase mais dez, e os quilinhos já são certamente mais de cinco, o que faz uma diferença; as expressões ganharam toda uma nova dimensão e fazem-nos pensar que ainda é só o começo, o começo de mil mudanças que surgem todos os dias e que nos deixam meio tontinhos de orgulho. É uma patetice, pois é, mas esperem só pela vossa vez...
Palpita-me que num ápice vou andar a cantarolar, de lágrima no olho, a velhinha melodia dos ABBA, "school bag in hand she leaves home in the early morning waving good-bye with an absent-minded smile"...
Lá está, - não ouvem? - o tal choro suplicante..
Até breve...

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