segunda-feira, 21 de junho de 2010

gostava de poder dissertar sobre uma série de assuntos.
gostava de poder homenagear José Saramago e chorar aqui a sua morte, que considero de facto mais uma enorme perda no nosso panorama cultural e para o nosso horizonte crítico (muito embora ele já tenha morrido nessa batalha há muito, votando certas mesquinhices ao abandono, neste nosso país). A bem da verdade, nem sei bem que tipo de sentimento nutria pelo senhor e gostava apenas de ter acabado a Viagem do Elefante antes da sua morte (já que de outras suas obras de maior vulto desisti, receio que, irremediavelmente - também não acredito que ele apreciasse por aí além a minha obra literária...).
gostava (oh, se gostava) de dar uns palpites sobre o mundial de futebol e a verdadeira novela de fraca qualidade que se vai desenrolando em prol do mesmo, desde as vuvuzelas (sobre as quais acho que já tudo se disse), passando pelos protagonistas, que não se sabe bem quem são, sem esquecer o mais importante de tudo: o mundo paralelo criado pela comunicação social em volta deste acontecimento. É, de facto, impressionante a panóplia que se consegue explorar. A última foi a bruxa zulu que vi ontem na sic e que nos adivinhava uma vitória sobre a Coreia e a eliminação nas meias-finais... fulana sombria, mas muito optimista.
Todavia, e sem mais delongas porque o trabalho que a gente acumula em seis meses é qualquer coisa de valor, quis vir apenas deixar um marcador importante. Dois, vá.
Primeiro, divido-me tragicamente entre as sardinhadas do S. Pedro e o Dios Salve a la Reina, no próximo sábado.
Segundo, como é possível que alguém goste de uma música pertubadora de seu nome Como uma Onda, pela voz particularmente irritante do jovem dos Pólo Norte?
possivelmente algum fã do tal instrumento cónico que por cá se popularizou laranja...
isto uma pessoa tem de aturar muita merda.

Sem comentários: