segunda-feira, 12 de julho de 2010

primeiro dos últimos

Este fim-de-semana, num programa televisivo de qualidade duvidosa, e enquanto esperava por um cheirinho do Optimus Alive, deparei-me com a constatação de uma coisa que tenho para mim como verdade absoluta desde sempre.
Dizia alguém que, em vésperas do seu casamento, lamentava acima de tudo, algo que provavelmente nunca mais experimentaria: um primeiro beijo. Partindo do princípio que daria início a uma vida recheada de beijos monógamos, de todo o tipo, mas nunca mais com a excitação inerente à descoberta implícita num primeiro beijo, posso dizer que partilho com ela precisamente essa inevitável frustração.
Não é uma revelação do Além e provavelmente é algo que partilhamos com o resto do mundo, mas é sempre bom ouvir-se, alto e bom som, da boca de outra pessoa, para exorcisar os fantasmas que tal observação pode invocar.
A rotina não é necessariamente má, mas pode ser altamente castradora.

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