quarta-feira, 18 de agosto de 2010

o fenómeno Michael Bublé

São aqueles com quem, se formos excessivamente zelosas, consideramos trair moralmente os nossos homens. São os que nos roubam a atenção, ainda que seja no imaginário da construção virtual de um homem que não existe em carne e osso; os que, enfim, seriam o sacrossanto, o nosso ai jesus.
Parto do princípio que toda a gente encontra discrepâncias mais ou menos significativas entre o que tem como ideal de homem e aquele que efectivamente lhe calha em sorte ou, vá lá, para ser mais romântica, aquele por quem o seu coração clama. Bonito.
Assim, o meu homem ideal teria de ter determinadas características - físicas, psicológicas e... físicas - muito bem esgalhadas.
Por exemplo:
- Moreno. Sempre que possível.
- Mais forte que eu (neste capítulo não abdico da condição feminina - se quero construir o meu homem ideal então caramba, terá de conseguir pegar em mim ao colo e enrolar-me em abraços fortes, de cortar o fôlego).
- Com sentido de humor - nada de sisudez (basto eu).
- Inteligente - espero não ter de justificar esta exigência relativamente a algo que é entendido como um protótipo do ideal.
- Romântico q. b. - e q. b. é mesmo q. b.! Há merdas consideradas romantismo que a mim só me soam a pimbalheira.
- Um nadinha ciumento, cioso, vá. Melhor ainda, que seja ciumento quando queremos aquela preciosa bajulação e despegado quando dispensamos cenas desnecessárias.
- Ligeiramente imprevisível - de preferência no bom sentido - e um bocadinho rebelde: comida picante estraga o sabor mas insossa fica sempre um pouco aquém.
- Admito, sou exigente com o olhar, o sorriso, a expressividade. E adoro mãos bonitas mas másculas.
Fazendo a retrospectiva, creio estar muito bem servida com a cara-metade. Balanço muito positivo.

Dito isto, posso acrescentar que serei provavelmente a única mulher portuguesa que não vai assistir ao concerto do Michael Bublé e não tem pena nenhuma.
Embora acredite que o jovem faria, enquanto genro, as delícias de qualquer sogra, a sua voz delicada e os seus trejeitos calmos não me encantam, nem mais nem menos do que a sua música perfeitinha.
Não me parece que alguma vez tenha usado uns jeans com um rasgão num joelho e isso, exclui-o automaticamente da minha lista de rebeldia-mínima-exigida-num-gajo-que-é-gajo.

2 comentários:

Rute M. Gonçalves disse...

Percebo a tua fome de rebeldia (eu própria também a tenho) mas eu sou mais uma dessas (muitas)mulheres que vai ver o Michael Bublé e, acredita, vale a pena. Tive a oportunidade de o ver em Maio em Londres e é um espectaculo memorável. De uma qualidade imaculada. Diria mesmo perfeito. Isto não é para te converter (LOL), mas apesar do seu ar de betinho-armado-em-sinatra há alguma rebeldia na sua forma de entreter...Mas enfim, eu sou suspeita... sou fâ do senhor!!!

Beijos grandes para ti!!

FavaRica disse...

Claro que sim! És só mais uma de muitas amigas minhas que é fã e até nem acho que seja por acaso - lá por não fazer o 'meu tipo' não coloco em causa a qualidade do senhor.
Pena que nem toda a gente entenda a subjectividade de um post ;-)

Eu vou noutra onda e já que perdi Pearl Jam, vou garantir os GnR no Pav. Atlântico :-)

Bons concertos e melhores críticas! :-D