sexta-feira, 26 de agosto de 2011

sweet 16

Não apostava que irão ser as melhores férias. Não me parece que esteja completamente livre dos já habituais precalços que alteram sempre um qualquer plano ou, no mínimo, goram algumas expectativas. Além disso, prevejo que, em duas semanas, não vou ter aquele dia que estava prometido passar com uma amiga - vai ficar, mais uma vez, adiado. Começam também a surgir aquelas tarefas que eu detesto mas que estão implícitas a uma ida de férias, as pequenas coisas que todas somadas roubam sempre dois ou três dias a um periodo de descanso já de si muito curto. Depois há esta angústia que me divide entre a vontade de aproveitar ao máximo cada dia, desde o nascer do sol até bem à noitinha, e a necessidade extrema de descansar cada centímetro do lombo e cada neurónio sobrevivente nesta cabeça fervilhante. Sem esquecer que qualquer das duas fica gravemente condicionada com a omnipresença de uma bebé vigorosa que descobriu recentemente que caminhar é a oitava (ou nona?) maravilha do mundo mas que ainda não sabe aquele que seria para ela o terceiro segredo de Fátima: como evitar o mobiliário que se lhe atravessa no caminho.
Junte-se a tudo isto um clima que para mim é já, assumidamente, um mistério. Estou em crer que, chegando ali ao IC19, este frio desaparece mas já não sei.
Mesmo assim, e apesar das aparências e da minha veia fortemente desinspiradora, daqui por alguns minutos vou suspirar de alívio e olhar pelo espelho retrovisor com toda a alegria que as minhas forças me permitirem reunir, para me despedir deste local por dezasseis dias.

O dia de hoje foi uma merda. E a minha irmã vai para Barcelona amanhã. Estúpida.

1 comentário:

Anna Blue disse...

É esse o problema dos planos: nunca correm como esperado...

Boas férias