segunda-feira, 29 de setembro de 2014

forbidden

Há perguntas proibidas.
Há coisas que não devemos querer saber. Há até perguntas para as quais já sabemos uma resposta e, por isso mesmo, não devem ser colocadas em voz alta. Pensar que as nossas decisões resultam de declarações que precisam de ser verbalizadas é menosprezar a nossa percepção e subestimar a nossa intuição. E quando não há certeza do que intuímos, ou quando o que percebemos pode ser distorcido, ou mesmo quando todas as certezas apontam numa mesma direcção e ainda assim as nossas acções não correspondem aos princípios que sempre defendemos e praticámos, então aí, sobretudo aí, de nada vale qualquer pergunta.
Deixa de fazer sentido querer saber o que é de nós quando somos nós que escolhemos o único caminho que desemboca num labirinto para o qual não conhecemos saída.
Se não formos razoáveis, sejamos pelo menos coerentes.

É tudo uma grande treta.
Mas às vezes a vida resume-se a esta falta de lógica e bom-senso.

1 comentário:

nuno disse...

Depois de um ano sabático voltas igual a ti mesma. Tens o talento de escrever o que sentes num contexto livre à interpretação. Gostei muito de voltar a tentar ler-te nas entrelinhas estranha misteriosa.