sexta-feira, 11 de abril de 2008

Educação

Contratados com má nota não renovam
Alexandra Inácio
"Os professores contratados que tenham a classificação de regular ou insuficiente poderão não renovar os seus contratos. Anteontem, a ministra da Educação anunciou que os professores com essas notas não sofreriam as penalizações previstas na lei para a contagem do tempo de serviço mas ontem a renovação surge na proposta do ministério como excepção. Foi, aliás, um dos pontos que impediu o entendimento entre a tutela e a Plataforma Nacional de Professores. Hoje equipa ministerial e sindicatos voltam a reunir-se. A recusa do ministério em aceitar um modelo único de avaliação simplificada é para o secretário-geral da Fenprof a segunda divergência a travar o entendimento. A tutela prefere apontar a obrigatoriedade de procedimentos mínimos, como a auto-avaliação e a assiduidade. "O nosso objectivo é que façam o máximo e o façam bem. O modelo é o referencial", defendeu Maria de Lurdes Rodrigues à saída do Conselho Nacional de Educação (CNE). Os sindicatos rejeitam que os professores possam ser avaliados de forma desigual, consoante a escola onde estejam colocados. "Está fora de hipótese um acordo. Pode é chegar-se a um entendimento em relação a algumas matérias", frisou Mário Nogueira. O objectivo da Plataforma, garantiu, é o de "desbloquear o conflito no 3º período". O secretário-geral da Fenprof aproveitou o impasse e a disponibilidade de ambas as partes para negociar e apelou à participação dos docentes nos protestos marcados no Norte do país na segunda-feira. "A pressão pode ser fundamental para desbloquear a situação". Após quatro horas de reunião, ministra e secretário-geral da Fenprof não excluíam a hipótese de uma quarta reunião."
Alguém se importa de me explicar qual é o problema dos nossos professores afinal? Têm medo de uma avaliação mais rigorosa? Não estão a dar um grande exemplo aos alunos!
Tenho pena que certas decisões ministeriais não se apliquem é a professores efectivos e recostados, em vez de afectarem apenas os contratados. A exigência de qualidade deve aplicar-se a todos os profissionais do sector, mas sabemos que as coisas não são bem assim.
Se estiver a ser ignorante, corrijam-me. Tal como os sindicatos, também eu estou aberta a chegar a "entendimento em relação a algumas matérias".
(Não vejo grandes diferenças entre a manifestação "histórica" que fizeram há meia dúzia de semanas e aquela em que participei há vários anos, por causa das PGA's, a cantar Oh Manela! Oh Manela! Anda cá! Anda cá! Vira o cu pá gente, vira o cu pá gente! Toma lá! Toma lá!
É a democracia no seu melhor, ao serviço de qualquer causa... mesmo que não se saiba qual!)

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